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domingo, 3 de outubro de 2010

Fonte das informações literárias

LITERATURA DE INFORMAÇÃO

Resumo informativo: http://www.infoescola.com/literatura/periodos-literarios/
Contexto histórico: http://www.algosobre.com.br/literatura/quinhentismo-e-literatura-de-informacao.html
Características da literatura de informativa: http://www.infoescola.com/literatura/periodos-literarios/
Principais autores e obras: http://educacao.uol.com.br/literatura/ult1706u6.jhtm


CATEQUESE

Resumo informativo: http://pt.shvoong.com/humanities/1879793-quinhentismo-ou-literatura-informa%C3%A7%C3%A3o/
Contexto histórico: http://www.algosobre.com.br/literatura/quinhentismo-e-literatura-de-informacao.html
Características da literatura de catequese: http://pt.shvoong.com/humanities/1879793-quinhentismo-ou-literatura-informa%C3%A7%C3%A3o/
Principais autores e obras: http://pt.shvoong.com/humanities/1879793-quinhentismo-ou-literatura-informa%C3%A7%C3%A3o/

BARROCO EM PORTUGAL E NO BRASIL

Olhar Literário http://www.olharliterario.hpg.ig.com.br/barroco.htm
http://www.algosobre.com.br/literatura/barroco.html

ARCADISMO

Resumo informativo; Características do arcadismo; Principais autores e obras:
TUFANO, Douglas
Estudos de Literatura Brasileira
São Paulo. Moderna, 1983
Contexto histórico: http://www.profabeatriz.hpg.ig.com.br/literatura/arcadismo.htm

ARCADISMO




Resumo informativo:

ARCADISMO (SÉC.XVIII)


Em oposição aos exageros do Barroco, surge o Arcadismo que propunha uma literatura mais simples.
Arcadismo deriva de Arcádia.
Arcádia: região grega onde, segundo a mitologia, viviam os poetas e pastores.
O marco inicial do Arcadismo no Brasil foi a publicação de “Obras” de Cláudio Manuel da Costa em 1768.

CONTEXTO HISTÓRICO

O século XVIII , sobretudo a partir de 1750 , representa uma fase de importantes transformações no campo da cultura européia .
Costuma-se dar o nome de Iluminismo ( ou Ilustrações ) a esse período de renovação cultural que se caracteriza , em linhas gerais , pela valorização da Ciências e do espírito racionalista . Os métodos experimentais desenvolvem-se ; a análise crítica dos valores sociais e religiosos aguça-se , provocando polêmicas ; há uma grande confiança na capacidade do homem em promover o progresso social , e a tendência de libertar o universos cultural da influência da religião acentua-se cada vez mais.
Essas idéias renovadoras têm como principais centros irradiadores a Inglaterra e a França . Nesta última , em 1751 , começam a ser publicados os volumes da Enciclopédia , que reunia pensadores como Voltaire , Diderot , D'Alembert , Montesquieu , Rousseau , e que pode ser considerada o símbolo da nova postura intelectual .
Todo o clima de renovação atingiu também Portugal , que no começo do século XVIII passava pelo período final de sua reestruturação econômica , política e cultual , como vimos no capítulo anterior .
Durante o reinado de D.João V ( 1707-1750 ) já se percebe uma certa abertura intelectual e política , como , por exemplo , a licença concedida à Congressão do Oratório para ministrar ensino , que até então era privilégio dos jesuítas .
Em 1746 , Luís Antônio Verney , inspirado nas idéias dos racionalistas franceses , publica as cartas que compõem seu Verdadeiro método de estudar , obra em que critica o ensino tradicional e propõe reformas que visam a a colocar a cultura portuguesa em dia com o resto da Europa .
Contudo , caberia ao marquês de Pombal , ministro do rei D.José (1750-1777) , concretizar ,efetivamente , essas aspirações. Agindo com plena autonomia de poderes , o despotismo esclarecido de Pombal operou verdadeira transformação nas direções da cultura portuguesa : expulsou os jesuítas em 1759 , o que enfraqueceu bastante a influência religiosa no campo cultural ; incentivou os estudos científicos ; reformou o ensino em apesar de manter um sistema de censura , afrouxou bem a repressão que era exercida pela Inquisição .
Em Portugal , o Arcadismo , também chamado de Neoclassicismo e ainda de Setecentrismo , iniciou-se oficialmente em 1756 , com a fundação da Arcádia Lusitana , entidade em que se reuniam artistas para discutirem arte . No Brasil , o marco inaugural do estilo se deu com a publicação do livro de poemas Obras , de Claudio Manuel da Costa , em 1768 .
No Brasil , as idéias iluministas vieram ao encontro dos sentimentos e anseios nativistas , com maior repercussão em Vila Rica , centro econômico da colônia , em função da mineração . O acontecimento mais importante gerado pelo Iluminismo europeu no Brasil foi a Inconfidência Mineira , tentativa de libertar o Brasil do domínio colonial português.

ARCADISMO

O Arcadismo se inicia no início do ano de 1700 e por isso recebe o nome também de Setecentismo, ou ainda neoclassicismo. Esta última denominação surgiu do fato dos autores do período imitarem, não de uma forma pura, mas alguns aspectos da antigüidade greco-romana ou o chamado Classicismo, e também os escritores do Renascimento, os quais vieram logo após a idade clássica. O classicismo compreende a época literária do Renascimento, no qual o homem tem a visão antropocêntrica do mundo, ou seja, o homem como centro de todas as coisas. Os renascentistas prezavam as obras clássicas, já que tinham a convicção de que a arte tinha alcançado sua perfeição. Assim como os renascentistas, os escritores árcades pretendiam retomar o estilo clássico, contudo com uma nova maneira, denominada de Neoclássica, de observar as considerações artísticas abordadas naquele período, como a razão e a ciência, conceitos oriundos do Iluminismo.
O Iluminismo é determinado pela revolução intelectual ocasionada por volta dos séculos XVII e XVIII, o qual trazia como lema: liberdade, igualdade e fraternidade, o que influenciou os pensamentos artísticos da época na Europa, e principalmente a Revolução Francesa, a independência das colônias inglesas da América Anglo-Saxônica e no Brasil, a Inconfidência Mineira.
O novo modo de analisar a cientificidade e a racionalidade da época árcade fugia das convenções artísticas da época, já que os escritores retomam as características clássicas, como: bucolismo (busca de uma vida simples, pastoril), exaltação da natureza (refúgio poético, em oposição à vida urbana), pacificidade amorosa (relacionamentos tranqüilos), a mitologia pagã, clareza na escrita com utilização de períodos curtos e versos sem rima. Os poetas árcades são freqüentemente citados como fingidores poéticos, pois escrevem sobre temas que não correspondem com a realidade do período histórico, visto anteriormente.

CARACTERÍSTICAS

1-Culto à natureza
2-Bucolismo (vida campestre)
3-Simplicidade

PRINCIPAIS OBRAS E AUTORES

Um dos principais escritores árcades foi o poeta latino Horácio, que viveu entre 68 a.C. e 8 a.C., e foi influenciador do pensamento do “carpe diem”, viver agora, desfrutar do presente, adotado pelo Arcadismo e permanente até os dias de hoje.
Os principais autores do Arcadismo brasileiro são: Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e Santa Rita Durão.
Cláudio Manuel da Costa
“Obras”
“Vila Rica”
Tomás Antônio Gonzaga
“Marília de Dirceu”
“Cartas Chilenas”
Basílio da Gama
“O Uraguai”
“Na obra desses poetas podemos reconhecer a presença não só de alguns elementos típicos da natureza brasileira como também certa tendência para a confissão de tramas sentimentais e amorosas, antecipando assim o estilo romântico que surgiria plenamente no século seguinte” (Douglas Tufano).

BARROCO EM PORTUGAL E NO BRASIL




Resumo informativo:

BARROCO no Brasil (Final do séc.XVI e início do séc. XVII)

Período literário caracterizado pelos contrastes, oposições e dilemas.
O homem do barroco buscava a salvação ao mesmo tempo que queria usufruir dos prazeres mundanos,daí surgiram os conflitos.É o antropocentrismo (homem) opondo-se ao Teocentrismo (Deus).
O homem deste período está entre o céu e a Terra. Mesmo se valorizando, ele vivia atormentado pela idéia do pecado, então vivia buscando a salvação.
O Barroco enfatiza tudo que é inconstante que muda de aparência, que está em movimento.

Barroco em Portugal (1580 a 1756)

Em Portugal, o Barroco ou Seiscentismo tem seu início em 1580 com a unificação da Península Ibérica, o que acarretará um forte domínio espanhol em todas as atividades, daí o nome Escola Espanhola, também dada ao Barroco lusitano. O Seiscentismo se estenderá até 1756, com a fundação da Arcádia Lusitana, já em pleno governo do Marquês de Pombal, aberto aos novos ares da ideologia liberal burguesa iluminista, que caracterizará a segunda metade do século XVIII.

BARROCO EM PORTUGAL E NO BRASIL

O tempo barroco denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos 1600 e início dos anos 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura e arquitetura da época.
Mesmo considerando o Barroco o primeiro estilo de época da literatura brasileira e Gregório de Matos o primeiro poeta efetivamente brasileiro, com sentimento nativista manifesto, na realidade ainda não se pode isolar a Colônia da Metrópole. Ou, como afirma Alfredo Bosi: "No Brasil houve ecos do Barroco europeu durante os séculos XVII e XVIII: Gregório de Matos, Botelho de Oliveira, Frei Itaparica e as primeiras academias repetiram motivos e formas do barroquismo ibérico e italiano". Além disso, os dois principais autores Pe. Antônio Vieira e Gregório de Matos tiveram suas vidas divididas entre Portugal e Brasil. Por essas razões, neste capítulo não separaremos as manifestações barrocas de Portugal e do Brasil.
Em Portugal, o Barroco ou Seiscentismo tem seu início em 1580 com a unificação da Península Ibérica, o que acarretará um forte domínio espanhol em todas as atividades, daí o nome Escola Espanhola, também dada ao Barroco lusitano. O Seiscentismo se estenderá até 1756, com a fundação da Arcádia Lusitana, já em pleno governo do Marquês de Pombal, aberto aos novos ares da ideologia liberal burguesa iluminista, que caracterizará a segunda metade do século XVIII.
No Brasil, o Barroco tem seu marco inicial em 1601 com a publicação do poema épico Prosopopéia, de Bento Teixeira, que introduz definitivamente o modelo da poesia camoniana em nossa literatura. Estende-se por todo o século XVII e início do século XVIII. O final do Barroco brasileiro só se concretizou em 1768, com a fundação da Arcádia Ultramarina e com a publicação do livro Obras, de Cláudio Manuel da Costa. No entanto, já a partir de 1724, com a fundação da Academia Brasílica dos Esquecidos, o movimento academicista ganhava corpo, assinalando a decadência dos valores defendidos pelo Barroso e a ascensão do movimento árcade.

CONTEXTO HISTÓRICO

Se o início do século XVI, notadamente seus primeiros 25 anos, pode ser considerado o período áureo de Portugal, não é menos verdade que os 25 últimos anos desse mesmo século podem ser considerados o período mais negro de sua história.
O comércio e a expansão do império ultramarino levaram Portugal a conhecer uma grandeza aparente. Ao mesmo tempo em que Lisboa era considerada a capital mundial da pimenta, a agricultura lusa era abandonada. As colônias, principalmente o Brasil, não deram a Portugal riquezas imediatas; com a decadência do comércio das especiarias orientais observa-se o declínio da economia portuguesa. Paralelamente, Portugal vive uma crise dinástica: em 1578, levando adiante o sonho megalomaníaco de transformar Portugal novamente num grande império, D. Sebastião desaparece em Alcácer-Quibir, na África; dois anos depois, Filipe II da Espanha consolida a unificação da Península Ibérica tal situação permaneceria até 1640, quando ocorre a Restauração (Portugal recupera sua autonomia).
A perda da autonomia e o desaparecimento de D. Sebastião originam em Portugal o mito do Sebastianismo (crença segundo a qual D. Sebastião voltaria e transformaria Portugal no Quinto Império). O mais ilustre sebastianista foi sem dúvida o Pe. Antônio Vieira, que aproveitou a crença surgida nas "trovas" de um sapateiro chamado Gonçalo Anes Bandarra.
A unificação da Península veio favorecer a luta conduzida pela Companhia de Jesus em nome da Contra-Reforma: o ensino passa a ser quase um monopólio dos jesuítas e a censura eclesiástica torna-se um obstáculo a qualquer avanço no campo científico-cultural. Enquanto a Europa conhecia um período de efervescência no campo científico, com as pesquisas e descobertas de Francis Bacon, Galileu, Kepler e Newton, a Península Ibérica era um reduto da cultura medieval.
Com o Concílio de Trento (1545-1563), o Cristianismo se divide. De um lado os estados protestantes (seguidores de Lutero introdutor da Reforma) que propagavam o "espírito científico", o racionalismo clássico, a liberdade de expressão e pensamento. De outro, os redutos católicos (a Contra-Reforma) que seguiam uma mentalidade mais estreita, marcada pela Inquisição (na verdade uma espécie de censura) e pelo teocentrismo medieval.
É nesse clima que se desenvolve a estética barroca, notadamente nos anos que se seguem ao domínio espanhol, já que a Espanha é o principal foco irradiador do novo estilo.
O quadro brasileiro se completa, no século XVII, com a presença cada vez mais forte dos comerciantes, com as transformações ocorridas no Nordeste em conseqüência das invasões holandesas e, finalmente, com o apogeu e a decadência da cana-de-açúcar.

CARACTERISTICAS DO BARROCO EM PORTUGAL E NO BRASIL

O estilo barroco nasceu da crise de valores renascentistas ocasionada pelas lutas religiosas e pela crise econômica vivida em conseqüência da falência do comércio com o Oriente. O homem do Seiscentismo vivia um estado de tensão e desequilíbrio, do qual tentou evadir-se pelo culto exagerado da forma, sobrecarregando a poesia de figuras, como a metáfora, a antítese, a hipérbole e a alegoria.
Todo o rebuscamento que aflora na arte barroca é reflexo do dilema, do conflito entre o terreno e o celestial, o homem e Deus (antropocentrismo e teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo renascentista, o material e o espiritual, que tanto atormenta o homem do século XVII. A arte assume, assim, uma tendência sensualista, caracterizada pela busca do detalhe num exagerado rebuscamento formal.

Podemos notar dois estilos no barroco literário: o Cultismo e o Conceptismo.
• Cultismo: é caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante (hipérboles), descritiva; pela valorização do pormenor mediante jogos de palavras (ludismo verbal), com visível influência do poeta espanhol Luís de Gôngora; daí o estilo ser também conhecido por Gongorismo. No cultismo valoriza-se o "como dizer".
• Conceptismo: é marcado pelo jogo de idéias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, que utiliza uma retórica aprimorada (arte de bem falar, ou escrever, com o propósito de convencer; oratória). Um dos principais cultores do Conceptismo foi o espanhol Quevedo, de onde deriva o termo Quevedismo. Valoriza-se, neste estilo, "o que dizer".
Na literatura, as características principais são:
• Culto do contraste: o poeta barroco se sente dividido, confuso. A obra é marcada pelo dualismo: carne X espírito, vida X morte, luz X sombra, racional X místico. Por isso, o emprego de antíteses.
• Pessimismo: devido a tensão (dualidade), o poeta barroco não tinha nenhuma perspectiva diante da vida.
• Literatura moralista: a literatura tornou-se um importante instrumento para educar e para "pregar" por parte dos religiosos (padres).

PRINCIPAIS OBRAS E AUTORES

1-Bento Teixeira: “Prosopopéia” marco inicial do Barroco brasileiro em 1601
2-Gregório de Matos: apelidado “Boca do Inferno”.Escreveu poesia lírica,satírica e religiosa.Não publicou nada em vida,o que conhecemos de sua obra é fruto de pesquisas.O apelido é porque o autor retratava a sociedade da época(às vezes, com uma linguagem considerada de baixo calão.)
3 – Padre Antônio Vieira: “Sermão da Sexagésima”, ”Sermão de Santo Antônio aos peixes”

LITERATURA DE CATEQUESE




Resumo informativo:

Paralelamente à literatura de informação, acontecia no Brasil a literatura dos jesuítas. Os jesuítas chegaram ao Brasil junto com os primeiros colonizadores e sua missão, conseqüente da Contra-Reforma, era catequizar os indígenas. Esteticamente, a literatura dos jesuítas foi a melhor produção literária feita no Brasil na primeira fase do Brasil - colônia.

A LITERATURA DOS JESUÍTAS

A título de catequizar o "gentio” e, mais tarde, a serviço da Contra-Reforma Católica, os jesuítas logo cedo se fizeram presentes em terras brasileiras. Marcaram essa presença não só pelo trabalho de aculturação indígena, mas também através da produção literária, constituída de poesias de fundamentação religiosa, intelectualmente despojadas, simples no vocabulário fácil e ingênuo.
Também através do teatro, catequizador e por isso mesmo pedagógico, os jesuítas realizaram seu trabalho. As peças, escritas em medida velha, mesclam dogmas católicos com usos indígenas para que, gradativamente, verdades cristãs fossem sendo inseridas e assimiladas pelos índios. O autor mais importante dessa atividade é o Padre José de Anchieta. Além de autor dramático, foi também poeta e pesquisador da cultura indígena, chegando a escrever um dicionário da língua tupi-guarani.
Em suas peças, Anchieta explorava o tema religioso, quase sempre opondo os demônios indígenas, que colocavam as aldeias em perigo, aos santos católicos, que vinham salvá-las. Vejamos um trecho de uma de suas peças mais conhecidas, o Autor de São Lourenço.
Durante o século XVI a literatura portuguesa se espelhava nos clássicos: Virgílio, Homero; no Brasil não haviam sequer muitas pessoas que soubessem ler. A maioria das obras escritas no Brasil na época não foi feita por brasileiros, mas sobre o Brasil por visitantes. Elas são chamadas Literatura de Informação. Apenas dois autores da época podem ser considerados autores brasileiros: Bento Teixeira, o primeiro poeta do Brasil, e José de Anchieta, iniciador do teatro brasileiro.

CARACTERÍSTICAS DE CATEQUESE

Os jesuítas, nesse período de catequização dos índios cultivaram:

- a poesia didática - que tinha o objetivo de dar exemplos moralizantes aos indígenas;

- a poesia sem finalidade catequizadora - relacionada a necessidade de individual de expressão;

- o teatro pedagógico - baseado em textos extraídos da Bíblia; e as cartas de informação - relatavam, aos líderes da Igreja Católica Portuguesa, como iam os trabalhos de catequese no Brasil.

PRINCIPAIS OBRAS E AUTORES

Os representantes mais importantes da Literatura Jesuítica foram os padres José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim.
Diálogo sobre a conversão dos gentios (Padre Manuel da Nóbrega)
Narrativa Epistolar (Padre Fernão Cardim)
História da custódia do Brasil (Frei Vicente do Salvador)
Anchieta: Auto da Pregação Universal; Auto da festa de São Lourenço; Na visitação de Santa Isabel; De gentis Mendis de Saa; De Beata Virgine dei Matre Maria.

LITERATURA INFORMATIVA (século XVI)




Resumo informativo:

Como o próprio nome já diz, o objetivo da Literatura Informativa era descrever a terra brasileira. Jesuítas, cronistas e viajantes portugueses produziram no séc. XVI inúmeros textos sobre a terra recém-descoberta. É um movimento paralelo ao Classicismo português e possui idéias relacionadas ao Renascimento, que vivia o seu auge na Europa. A Literatura de Informação começou com a Carta de Pero Vaz de Caminha em 1500.

CONTEXTO HISTÓRICO

Depois de 1500, o Brasil ficou praticamente isolado da política colonialista portuguesa. Nenhuma riqueza se oferecia aqui às necessidades mercantilistas da época. Só depois de 30 anos da descoberta é que a exploração começou a ser feita de forma sistemática e, assim mesmo, de maneira bastante lenta e gradativa.

O primeiro produto que atraiu a atenção dos portugueses para a nova terra foi o pau-brasil, uma madeira da qual se extraia uma tinta vermelha que tinha razoável mercado na Europa. Para sua exploração, não movimentaram grande volume de capital, cuidado que a monarquia lusitana, sempre em estado de falência, precisava tomar. Nada de vilas ou cidades, apenas algumas fortificações precárias, para proteção da costa. Esse quadro sofreria modificações profundas ao longo do século XVI.

Sem o estabelecimento de uma vida social mais ou menos organizada, a vida cultural sofreria de escassez e descontinuidade. A crítica literária costuma periodiza o início da história da literatura brasileira com o Barroso, em 1601. Como se vê, já no século XVII. Assim, uma pergunta se impõe: o que aconteceu no Brasil entre 1500 e 1600, no âmbito da arte literária.

Esse período, denominado de "Quinhentismo”, apesar de não ter apresentado nenhum estilo literário articulado e desenvolvido, mostrou algumas manifestações que merecem consideração. Podemos destacar duas tendências literárias dentro do Quinhentismo brasileiro: a Literatura de Informação e a Literatura dos Jesuítas.

CARACTERÍSTICAS DA LITERATURA INFORMATIVA
Textos descritivos
Nacionalismo
Os portugueses queriam transmitir sua fé aos índios, mas eles já tinham a sua própria cultura.

PRINCIPAIS AUTORES E OBRAS

Pode-se afirmar que os textos do século 16 apresentam interesse literário:
• por documentar o contexto histórico e cultural específico em que a literatura brasileira surgiu;
• pelas manifestações de criatividade e pelo cuidado estilístico;
• por apresentar a origem de características predominantes nas primeiras escolas literárias brasileiras, o Barroco e o Arcadismo;
• por servir de inspiração à literatura brasileira de épocas posteriores.

Os estudos de literatura brasileira consideram como seu objeto somente os textos escritos em português. Em sua "História Concisa da Literatura Brasileira", o professor Alfredo Bosi aponta os cinco autores e obras mais significativas do século 16. São eles:
• Pero Vaz de Caminha, "Carta do Achamento do Brasil" (1500);
• Pero Lopes de Sousa, "Diário da Navegação" (1530);
• Pero de Magalhães Gândavo, "Tratado da Terra do Brasil" e "História da Província de Santa Cruz, a que Vulgarmente Chamamos Brasil" (1576);
• Fernão Cardim, "Narrativa Epistolar" (1583) e os "Tratados da Terra e da Gente do Brasil" (data incerta);
• Gabriel Soares de Sousa, "Tratado Descritivo do Brasil em 1587".

Para completar o quadro da literatura brasileira no século 16, porém, não se pode deixar de olhar com mais atenção para a obra do padre José de Anchieta que, paralelamente ao trabalho religioso, desenvolveu uma constante atividade literária.

Escreveu numerosos autos teatrais com finalidade de catequese, e uma grande quantidade de poemas, em português, espanhol, tupi e latim, cujos méritos artísticos são reconhecidos pela crítica literária. Além disso, publicou um estudo linguístico intitulado "Arte da Gramática da Língua Mais Usada na Costa do Brasil" (1595).